“ Os anjos salvadores, vestidos de branco, voaram da Ásia e do Caribe, para todo o mundo”
Conteúdo
A natureza e a origem do COVID-19. 2
As pandemias esquecidas e desvalorizadas. 3
Global and national public information and transparency. 9
Uma frente comum de solidariedade mundial e o papel da RPChina. 17
Os anjos salvadores, vestidos de branco, voaram da Ásia e do Caribe, para todo o mundo 18
A ajuda chinesa chegou no momento crítico, a Portugal 19
“Sem a China, o mundo já estaria em recessão!” (FMI) 20
“Penso que cegámos, penso que estamos cegos. Cegos que vêm, Cegos que, vendo, não vêm.” (Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago)
A natureza e a origem do COVID-19
A comunidade científica internacional assume uma posição consensual sobre a natureza dos novos vírus epidémicos: eles têm origem na vida animal selvagem, infetam os animais e depois, estes novos hospedeiros, passam-nos aos seres humanos. O seu aparecimento, em todo o mundo, em número crescente e com maior frequência, constitui um dos resultados mais trágicos da crise ambiental e da quebra do equilíbrio dinâmico dos ecossistemas naturais, sobretudo através da perda da biodiversidade, defendem cientistas da China e de outros países.
A crise ambiental, com a crescente perda da biodiversidade, que protegia as comunidades humanas da chegada desse vírus, está na sua origem. Este corona é um bat, hospedado nos morcegos e um SAR, que infeta o sistema respiratório de outros animais e dos seres humanos, mas, no passado, este vírus extinguiam-se na rede densa das cadeias alimentares e de hospedeiros, que sofriam as suas infeções mortais, mas o extinguiam com a sua própria morte. Hoje, reduzidas essas cadeias, por gigantescas perdas da biodiversidade selvagem, vivem e multiplicam as suas estirpes muito próximo dos animais com que as comunidades humanas convivem.
Podem emergir em qualquer país, sem aviso prévio e proliferam quando encontram condições favoráveis: tal sucedeu mais recentemente em África, com o Ébola (1976), no México e nos EUA em 2009, com o H1N1, em 2012 na Arábia Saudita e depois nos países do Médio Oriente, agora na China, na pior altura possível, o período que antecede as celebrações do novo ano lunar, chinês, que movimentam pelo país e no estrangeiro, mil milhões de cidadãos.
A perda da biodiversidade global, acompanhada pela aproximação dos vírus à comunidade humana, desde sempre e sobretudo na nossa época, vem provocando surtos de infeção por novos vírus. Foi assim que o VIH – vírus da imunodeficiência humana, causador da sida. Foi detetado em 1981 nos EUA, tornando-se antão a principal causa de morte de cidadãos americanos adultos entre os 25 aos 44 anos, que já matou 32 milhões de pessoas em todos os países. (Deveríamos chamar-lhe, SIDA dos EUA, como propõe o discurso político de Tump e Bolsonaro?) Mas, progressivamente, a partir de 1995, novos fármacos foram evitando as mortes e transformando a sida numa doença crónica.
Do combate entre a medicina e as infeções virais, e do desaparecimento das cadeias da biodiversidade que protegiam o ser humano, surgem formas de vírus mais agressivas que causam pandemias.
As pandemias esquecidas e desvalorizadas
O desenvolvimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), do seu trabalho de investigação, prevenção e alerta, foi a resposta que essa mesma humanidade encontrou, para se defender da nova ameaça, que permanecia na memória coletiva desde a mal denominada Gripe Espanhola de 2018, 20 a 50 milhões de mortos no mundo (60 a 100 mil em Portugal).
O aparecimento de um vírus violento e de grande morbidade, voltou a acontecer em 1968, com a Gripe de Hong Kong, na altura uma colónia inglesa, onde teve origem o vírus Influenza A subtipo H3N2, uma das gripes com origem nas aves, que causou mais de um milhão de mortes à escala mundial ( Devemos pedir contas à Grã-Bretanha imperial, e para apurar as suas responsabilidades, usar os nossos tribunais para levar ao banco dos réus sua majestade a rainha e os seus governantes e reclamar uma indeminização, acrescida de juros, como clamaram, já não apenas os Trump e Bolsonaros, mas o governo australiano, ministros britânicos, e outros, como os porta vozes dos executivos de Merkel e Makron?).
Mesmo fora do quadro das pandemias violentas, a OMS, já estimava que as epidemias anuais de gripe comum costumam atingir de 5% a 15% da população e provocam entre 250 mil e 500 mil mortes anuais, principalmente entre idosos.
Na última grande pandemia – a chamada Gripe A, em 2009 e 2010, o vírus começou nas aves, transmitiu-se aos suínos, onde se misturou com outro e fez nasceu um H1N1 com capacidade transmissão de pessoa para pessoa. O seu epicentro, passou do México aos EUA e espalhou-se pelo mundo, chegou a Portugal a 29 de abril de 2009 (primeiro caso diagnosticado) e viria a atingir 200 mil portugueses – 124 morreram. Mas á escala do mundo, a perda de vidas humanas atingiu as 600 mil pessoas.
Em 2003, foi a vez da China, com uma nova doença respiratória denominada SARS, causada por um coronavírus parente do atual SARS-CoV-2. E, agora, com o Coronvirus de 2019. (Ver a carta aberta da cientista Maria de Sousa, na véspera do seu falecimento por COVID-19).
Apesar da dimensão trágica destas tragédias, a nossa memória vivida não recorda nem grandes paragonas na comunicação social, nem economias fechadas, nem confinamentos…então, porquê, agora tudo foi diferente e, progressivamente, todos os países se virão confrontados com a dimensão real da tragédia e a necessidade de alterar profundamente as rotinas sociais e pessoais? Porque…
A China, assumiu perante o mundo, a responsabilidade de proteger a vida dos seus cidadãos e da humanidade, ao custo de gigantescas perdas económicas e do esforço nacional do seu povo, sob orientação do governo e da Organização Mundial de Saúde
Estes são os factos que é possível documentar e provar, no meio de uma maré suja de notícias falsas e campanhas de contra informação, que visam proteger as oligarquias que ainda governam a maior do mundo e das nações, e possuem o poder de virar a realidade às avessas.
O caso da Região Administrativa Especial de Macau, pode considerar-se exemplar, como foi o de Wuhan: Para proteger a saúde e a vida dos seus cidadãos, e bloquear a propagação do COVID 19, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau, como em toda a China, não hesitou em reduzir a atividade económica, sabendo que tal decisão política significaria uma tremenda perda de rendimentos para as empresas públicas e privadas, e para a própria administração, mas salvaria milhares e milhares de vidas humanas.
No primeiro trimestre de 2020, o seu PIB caiu para 48,7%. A partir de janeiro, Macau começou por registar uma primeira vaga de 10 casos. Depois de 45 dias sem identificar novos contágios, o território detetou a partir de 15 de março mais 35, todos eles importados. Todos os 45 casos diagnosticados foram importados e as autoridades indicaram não ter existido contágio na comunidade. Todos recuperaram!
Sigamos o desenrolar da crise do COVID-19
Não só a investigação do novo vírus não foi abafada, como, desde dezembro de 2019 mobilizou todos os recursos da China, The Wuhan Center for Disease Control and Prevention (CDC), the Chinese Academy of Medical Sciences (CAMS), The National Health Commission (NHC) em colaboração com os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA e a Organização Mundial de Saúde (OMS/WHO),
Desde 3 de janeiro, a China tem vindo a informar regularmente a Organização Mundial de Saúde (OMS/WHO), e os países e regiões suscetíveis de serem primeiro afetados, Hong Kong, Macau, Taiwan, sobre o surto de uma nova pneumonia, estabelecendo nessa data os primeiros contactos com os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA, o seu parceiro estratégico em anteriores surtos epidémicos.
De tal modo, que no dia 7 de janeiro ele foi identificado na China como um novo corona e no dia seguinte os CDC dos EUA puderam receber e partilhar toda a informação científica, que a 9 de janeiro foi plenamente comunicada à OMS e , na mesma data, divulgada em grande escala, não apenas entre a população de Wuhan como de toda a China, pelas autoridades!
Ainda 9 de janeiro, a OMS/WHO publicou no seu site um comunicado sobre um conjunto de casos de pneumonia em Wuhan, dizendo que a identificação preliminar de um novo coronavírus num tão curto espaço de tempo constituía uma conquista notável: “…preliminary identification of a novel coronavirus in a short period of time is a notable achievement. data”.
O conhecimento destes factos e da sua cronologia é crucial, sobretudo para compreender a evolução da pandemia e o surgimento da cadeia de notícias falsas, que têm como base a difusão de uma história que nunca aconteceu, mas que também se espalhou em Portugal, com responsabilidades de personalidades públicas que exibem a sua autoridade de estudiosos e de conhecedores diretos da China, sem contraditório e sem certificação das fontes. Eis o que se escreveu e disse, como amostra:
“No final de dezembro passado, quando o médico Li Wenliang e outros sete colegas dos hospitais da cidade se aperceberam de que um vírus parecido com o que tinha causado a Síndrome Respiratória Aguda Grave em 2002- 2003 estava a alastrar rapidamente, recorreram às redes sociais para avisar a população local. A reação das autoridades públicas foi rápida. Os médicos foram censurados pela polícia local, acusados de fabricarem rumores e forçados a assinar um documento em que se comprometiam a não cometer mais nenhuma ação ilegal.”
Esta narrativa é falsa. Sublinhamos a data, para a confrontar com os factos que atrás descrevemos.
O jornal citado como primeira fonte da notícia, o “South China Morning Post”, é o porta voz, desde o regresso de Hong Kong à pátria, do sistema de capitalismo selvagem, financeiro, económico e social, que o Reino Unido construiu naquela colónia e a China aceitou preservar por mais 50 anos, ao abrigo do acordo de transição pacífica então celebrado. Destacou-se, pelo apoio à violência na vaga recente de protestos que destabilizaram HK e pelos pronunciamentos políticos contra a política chinesa de “um país, dois sistemas” , de reunificação pacífica com Taiwan e contra o proposta de uma Nova Rota da Seda para a paz e a prosperidade comum da Humanidade, que classifica como uma estratégia chinesa de conquista da hegemonia mundial.
A citação das palavras finais do médico, de condenação das autoridades chinesas, milagrosamente colhida por não se sabe quem, e a notícia da sua morte, confirmada como vítima do COVID-19, soa a profanação da memória, mas ilustra paradoxalmente o risco e a coragem da imensa cadeia de investigadores e outros profissionais de saúde chineses, a maioria voluntários, que se deslocaram em força para Wuhan e para a província de Hubei, enfrentando no início um inimigo desconhecido mas mortal, para defender o seu povo e a Humanidade, da proliferação do vírus.
Esta pandemia revela a verdadeira natureza política dos regimes que governam os países e o seu carater moral
António Guterres apelou, por diversas vezes, para a declaração imediata de uma trégua entre os conflitos militares que assolam o mundo e a suspensão das sanções e do bloqueio económico que os EUA impõem a países como o Irão, a Venezuela, a Síria, Cuba…sem que o governo deste país tenha mostrado qualquer recetividade ao apelo humanitário.
Na reunião virtual dos países do G-20, sobre o COVID-19, realizada a 26 de março, proclamou: “This war needs a war-time plan to fight it”
“We are at war with a virus – and not winning it.
It took the world three months to reach 100,000 confirmed cases of infection.
The next 100,000 happened in just 12 days.
The third took four days.
The fourth, just one and a half.
This is exponential growth and only the tip of the iceberg.
This war needs a war-time plan to fight it.
Solidarity is essential. Among the G-20 – and with the developing world, including countries in conflict.
That is why I appealed for a global ceasefire.
We need to concentrate on people, keeping households afloat and businesses solvent, able to protect jobs.
Allow me to highlight three critical areas for concerted G-20 action.
First, to suppress the transmission of COVID-19 as quickly as possible.
That must be our common strategy.
It requires a coordinated G-20 response mechanism guided by WHO.
All countries must be able to combine systematic testing, tracing, quarantining and treatment with restrictions on movement and contact – aiming to suppress transmission of the virus.
And they have to coordinate the exit strategy to keep it suppressed until a vaccine becomes available.
At the same time, we need massive support to increase the response capacity of developing countries.
The United Nations system has a well-established supply chain network, and we stand ready to place it at your disposal.
Second, we must work together to minimize the social and economic impact.
The G-20 came of age in the 2008 financial crisis.
The challenges before us dwarf those of 2008.
And what we face today is not a banking crisis; it is a human crisis.
While the liquidity of the financial system must be assured, our emphasis must be on the human dimension.
We need to concentrate on people, keeping households afloat and businesses solvent, able to protect jobs.
This will require a global response reaching double-digit percentages of the global economy.
I welcome infusions of liquidity and social and economic support in developed countries — with direct transfer of resources to people and businesses.
But a stimulus package to help developing countries with the same objectives also requires a massive investment.
For this, we need greater resources for the International Monetary Fund and other International Financial Institutions, a meaningful emission of Special Drawing Rights, coordinated swaps between central banks and steps to alleviate debt, such as a waiver of interest payments.
I also appeal for the waving of sanctions that can undermine countries’ capacity to respond to the pandemic.
Third, we must work together now to set the stage for a recovery that builds a more sustainable, inclusive and equitable economy, guided by our shared promise — the 2030 Agenda for Sustainable Development.
Let us do what it takes, urgently and together.”
E passando das palavras aos atos, as Nações Unidas, sob a orientação do seu Secretário-Geral, António Guterres, e a OMS/WHO,. estiveram sempre à cabeça do combate e da solidariedade internacional contra a pandemia.
A new coronavirus disease (COVID-19) Solidarity Response Fund will raise money from a wide range of donors to support the work of the World Health Organization (WHO) and partners to help countries respond to the COVID-19 pandemic. The fund, the first-of-its-kind, enables private individuals, corporations and institutions anywhere in the world to come together to directly contribute to global response efforts, and has been created by the United Nations Foundation and the Swiss Philanthropy Foundation, together with WHO. (13 March 2020, WHO News release)
O porquê do ataque conjunto à China e à OMS, mas também contra os CDC dos EUA, surge assim claramente: a OMS é a principal testemunha de que as acusações contra a China são falsas e o governo dos EUA, tal como outros líderes que seguem a sua política, e que foram devidamente informados, desde o início, da gravidade da situação, são politica e moralmente responsáveis por não terem tomado as medidas por ela recomendadas para proteger os seus povos; e mais, fizeram-no conscientemente, dando primazia aos negócios sobre a defesa da vida dos seus concidadãos, como a consigna “O Brasil, não pode parar!”, tragicamente representa. E referimo-nos a líderes que se manifestaram em países tão diferentes como os EUA, o Brasil, o Reino Unido ou o Irão.
A possibilidade de o vírus ter surgido, em paralelo em vários países, questão que a propaganda anti chinesa enquadra na campanha de desinformação das autoridades chinesas, está a ser colocada á escala global e ao nível da própria OMS, e é crucial, pois para combater a atual e futura vaga pandémica, tem que se conhecer o animal que foi primeiro infetado e a passou para os humanos, questão ainda em aberto, mesmo para os investigadores chineses. Os porta vozes do governo chinês nunca fizeram essa acusação aos EUA, mas, também não censuraram os artigos de opinião que colocam esta e outras possibilidades.
Associada à insídia, amplamente difundida e repetida cegamente, de que a China sonegou informação, está a notícia falsa da criação do vírus num laboratório de Wuhan, o qual, afinal se dedica à investigação de outras pandemias de que a China nunca padeceu, mas que ameaçam o mundo, como é o Ébola, que vitima sobretudo os povos de África e, por isso mesmo, se insere no âmbito de cooperação Sul-Sul, com 52 dos 53 países africanos que aderiram ao projeto da Rota da Seda, na cimeira de 2018 China-África.
Foram então citadas revistas científicas indianas e americanas, que existiam, mas não têm nenhum reconhecimento pela comunidade científica e, mais recentemente, posta a circular a acusação de que o vírus foi espalhado para criar dependência da China e proporcionar a este país ganhos suplementares no negócio exportador. Veremos adiante, o caso português, á luz desta acusação e o que representam as exportações para a economia chinesa.
A posição política e ética da China, de solidariedade e ação comum de todos os países contra a nova pandemia, está assim, estranhamente ou não, sob ataque e suspeita de estratégia de conquista.
Os presidentes dos EUA e do Brasil, introduziram a ideia racista e anticientífica, de um “vírus chinês” e, simultaneamente, puseram em causa a autoridade da OMS e das suas próprias instituições de saúde.
Mas ainda hoje é possível rever os discursos televisivos do presidente dos EUA, de 3 e 13 de fevereiro, onde afirmava ter falado telefonicamente com o presidente da China, XI Jinping e analisado a questão da pandemia, elogiando a China pelo modo com a enfrentava e anunciando ao mundo o envio de material sanitário americano para aquele país, como gesto de apoio e solidariedade.
Tal como continuam acessíveis as intervenções públicas dos governadores dos Estados americanos de Nova York e de New Jersey, que explicam porque puderam tomar a liderança das medidas sanitárias contra a ameaça do COVIS-19, ao serem informados, primeiro em janeiro e depois na sua reunião nacional de 9 de fevereiro, pelos representantes dos CDC estadunienses, da perigosidade do vírus e das medidas para o combater, partindo da informação e da experiência transmitidas pelas autoridades chinesas.
Global and national public information and transparency
Como continua disponível, na documentação divulgada pela OMS, O Relatório de 25 de fevereiro de 2020 da Organização Mundial de Saúde_ OMS/WHO das Nações Unidas_UN, que os monopólios da informação e os seus governos fingem desconhecer.
The Joint Mission consisted of 25 national and international experts from China, Germany, Japan, Korea, Nigeria, Russia, Singapore, the United States of America and the World Health Organization (WHO). The Joint Mission was headed by Dr Bruce Aylward of WHO and Dr Wannian Liang of the People’s Republic of China.
The full list of members and their affiliations is available in Annex A. The Joint Mission was implemented over a 9-day period from 16-24 February 2020.
The major objectives of the Joint Mission were as follows: • To enhance understanding of the evolving COVID-19 outbreak in China and the nature and impact of ongoing containment measures; • To share knowledge on COVID-19 response and preparedness measures being implemented in countries affected by or at risk of importations of COVID-19; • To generate recommendations for adjusting COVID-19 containment and response measures in China and internationally; and • To establish priorities for a collaborative programme of work, research and development to address critical gaps in knowledge and response and readiness tools and activities.
Aqueles especialistas, não eram funcionários dependentes da direção da OMS, mas uma elite de cientistas, próximos dos governos respetivos, que foram à China e puderam, nos locais onde a pandemia se desenvolvia, confrontar a realidade e os responsáveis chineses, a todos os níveis.
O seu relatório final, é público e universal, desde 25 de fevereiro de 2020.
Ao contrário das Nações Unidas, e da sua organização para a saúde_ a OMS/WHO, o FMI revelou-se como uma instituição sem independência política, submetida às ordem do atual governo dos EUA.
No dia 16 de março de 2020, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, escreveu um post no blog da instituição: “O FMI está pronto para mobilizar a sua capacidade de financiamento de US$ 1 trilião para ajudar os nossos membros”. Países com “necessidades urgentes de pagamento” poderiam ser ajudados pelo “kit emergencial de distribuição de fundos”. Através desses mecanismos, o FMI disse que poderia providenciar US$ 50 mil milhões para países emergentes e US$ 10 mil milhões para países de baixo rendimento com uma taxa de juros de 0%.
Um dia antes do pronunciamento público de Gerogieva, o Ministério de Relações Exteriores da Venezuela enviara uma carta ao FMI, pedindo, uma linha de crédito de US$ 5 mil milhões do Instrumento de Ação Rápida do seu fundo de emerg~encia, para enfrentar a pandemia.
No dia 15 de março, quando o governo venezuelano enviou a carta ao FMI, o presidente Maduro encontrou-se com altos representantes do FMI em Caracas. O órgão farmacêutico da Venezuela (CIFAR) e empresas de equipamentos médicos disseram que seriam capazes de aumentar a produção de máquinas e medicamentos para combater a crise, mas que, para isso, precisariam importar matérias-primas. Foi para pagar por essas importações que o governo venezuelano pediu dinheiro ao FMI.
O empréstimo foi recusado, sem explicações.
A China publica o livro branco sobre combate à COVID-19 e nele se revela que os CDC dos EUA foram informados em 4 de janeiro e a OMS recebeu um relatório completo no dia seguinte
“January 4: The head of China CDC held a telephone conversation with the director of the US CDC, briefing him about the new pneumonia. The two sides agreed to keep in close contact on information sharing and cooperation on technical matters.
January 5: The WCHC updated information on its website, reporting a total of 59 cases of the viral pneumonia of unknown cause. Laboratory tests ruled out respiratory pathogens as the cause, such as influenza, avian influenza, adenovirus, the Severe Acute Respiratory Syndrome coronavirus, and the Middle East Respiratory Syndrome coronavirus.
China sent a situation update to the WHO. The WHO released its first briefing on cases of pneumonia of unknown cause in Wuhan.
January 6: The NHC gave a briefing on cases of pneumonia of unknown cause in Wuhan at a national health conference, calling for greater efforts to monitor, analyze and study them, and prepare for a timely response.”
Intensifica-se a guerra económica e aumenta o perigo dos confrontos militares, com a estratégia eleitoral do presidente Trump
O Jornal Washington Post, que apoiara a ascensão política de Trump, noticiava:
“More than a dozen U.S. researchers, physicians and public health experts, many of them from the Centers for Disease Control and Prevention, were working full time at the Geneva headquarters of the World Health Organization as the novel coronavirus emerged late last year and transmitted real-time information about its discovery and spread in China to the Trump administration, according to U.S. and international officials.” (W.P. 19.04.2020)
Em 29 de março, escrevíamos nós sob a situação da pandemia face á política do seu governo federal e dos seus governadores:
“O Governo dos EUA, não sabe o que fazer! Mas há um caminho que está a ser construído com sofrimento e solidariedade
A atitude dos leaders políticos dos EUA face à pandemia, deve preocupar mesmo os seus adversários políticos. Não só aqueles, que como nós, têm nesse país uma grande comunidade de origem portuguesa, mas a própria comunidade mundial, porque este grande e poderoso país parece caminhar para uma hecatombe sem precedentes.
Não há uma estratégia nacional, elaborada pelo governo federal, de acordo com as orientações da Organização Mundial de Saúde, os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) que representam a maior autoridade científica da administração americana nesta matéria e a experiência internacional, sobretudo da China.
O governo de Trump negou o perigo da pandemia, fechou o país aos chineses, prometeu remédios milagrosos e uma nova vacina made in USA, enquanto se recusava a subordinar os negócios ao imperativo moral da saúde pública; entrou em conflito com o governador de Nova York, o epicentro da pandemia no país, que temia uma catástrofe por falta de recursos médicos e, face ao crescimento trágico da doença ao longo do país, levou então ao Congresso o maior pacote de ajuda financeira da história americana; ameaçou a General Motors com a lei de requisição elaborada para a Guerra da Correia, para que intensificasse a produção dos ventiladores que escasseiam em toda a América, mobilizou os navios hospitais e, hoje, admitiu a imposição de uma quarentena, ou melhor, o isolamento “for a short time” da capital financeira dos EUA e do capitalismo. Ele, que há dias, queria reabrir todos os espaços públicos na Páscoa!
É uma tarefa colossal! Mas o governador de Nova York, membro do partido democrata e pré-candidato ás presidenciais, tomou então para si o princípio que guia a política de Trump: Que não, nunca se poderia bloquear a atividade da maior praça financeira mundial, isso seria anti americano, ilegal, anticonstitucional, e uma declaração de guerra!
Ele já providenciara o caminho americano: “Nova York, não é Wuhan, afirmou!” O fabuloso financiamento irá multiplicar os testes, os hospitais, as camas, os ventiladores, até que a seleção natural ( o dinheiro protege os poderosos!?) conduza ao declínio da curva epidémica…lá fora, na América, 3 milhões e meio de trabalhadores já solicitaram subsídio de desemprego ( que cresceria depois, até aos 40 milhões de trabalhadores), mas o metro da cidade continua cheio como sardinha enlatada, o mundo da finança precisa de criados e serventes e dos serviços da classe média!
O governador da Flórida repetia o mote: o negócio do turismo deve continuar, as praias não fecharão em massa, serão mais seletivas, grupos de dez veraneantes poderão continuar a disfrutá-las!
O candidato presidencial democrata Jo Biden, que atualmente lidera as eleições primárias do partido, a pequena distância de Bernie Sanders, passou então à ação: a sua direção de campanha lançou uma vaga de publicidade nas televisões nacionais, onde um spot publicitário elogia a ação dos presidentes antecessores, republicanos e democratas, perante as crises sanitárias e acusa Trump de falhar!
E a alternativa, Sr. Jo Biden?
Nestes tempos de tormenta e de guerra, regresso sempre ao meu mestre chinês (Sun Tsu):
“Quando o general é fraco e sem autoridade, quando as suas ordens não são claras e coesas, quando não existem regras fixas para os seus oficiais e quando as fileiras de homens são formadas de forma casual e desleixada, a consequência é a total desorganização.”
“Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perder; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece-se a si mesmo, as chances para a vitória ou derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo, nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas.”
Mas a que preço? Abro o centro de informação da Organização Mundial de Saúde:
Nesta data: 104.860 casos confirmados, mais de 52.000 em Nova York, 771 mortos, dos quais 450 em Nova York.
Começa a ser penoso, escrever mais.
Mas sabemos que há um caminho para superar a crise, num futuro comum para toda a Humanidade!”
Atualmente, quando as agências de segurança nacional desmentem o presidente dos EUA “… U.S. intelligence agencies are debunking a conspiracy theory, saying they have concluded that the new coronavirus was “not manmade or genetically modified.” The statement from the Office of the Director of National Intelligence, the clearinghouse for the web of U.S. spy agencies, comes as President Donald Trump and his allies have touted the theory that an infectious-disease lab in Wuhan (01.05.2020)…que credibilidade lhe resta ainda, para continuar a (des)governar a sua grande nação e que poderá fazer a oligarquia que Trump representa, para não perder o poder nas eleições presidenciais?
Jogar a carta da reabertura da economia, mesmo com o risco de uma nova vaga de infetados e, capazes de tudo, o desencadear de uma nova guerra económica ou mesmo um conflito armado:
Contra a China, aparentemente, mas também contra a União Europeia de facto, pois tem nela o seu maior mercado.
No Norte da Síria, rica em petróleo e gás, onde as suas tropas foram recentemente reforçadas? Na Venezuela, flagelada por novos atos de ingerência, bloqueio e ameaças? No próprio mar do Sul da China, en torno das disputas de soberania sobre os pequenos arquipélagos e ilhas e do pôr em causa a integridade da nação chinesa, apoiando os separatistas de Taiwan e os fundamentalistas religiosos de Xinjiang?
Em tempos tão incertos e perigosos, a coragem e o governo para o povo, dos líderes políticos, depende mais que nunca da lucidez dos cidadãos.
A conduta política da União Europeia: como se fora um estado-falhado, dirigido por burocratas sem coração
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou…”a heartfelt apology” to Italy on behalf of Europe for not being at the country’s side from the very beginning of the COVID-19 pandemic.
“It is true that no one was really ready for this. It is also true that too many were not there on time when Italy needed a helping hand at the very beginning,” she said in a speech to the European Parliament ( 14.04.2020). “And yes, for that, it is right that Europe as a whole offers a heartfelt apology.”
Enfatizando, logo a seguir, algumas medidas pontuais de cooperação em pessoal médico, equipamentos e acolhimento de pacientes, que não ultrapassaram a dimensão simbólica.
Na verdade, e durante o mês de março, foi a solidariedade ativa da China (equipas e material médico essencial) e da Rússia, que ajudou a conter a pandemia e no final deste mês chegaram 52 médicos e enfermeiros cubanos para ajudar a martirizada Itália e até uma equipa médica da Albãnia.. Cuba, sujeita recentemente a novas medidas de bloqueio pelos EUA, enviou igualmente equipas de saúde e equipamento para 26 países do continente americano, da Europa, da África e da Ásia.
Porque não existiu a ajuda da Alemanha, que tinha então a epidemia sobre controle e num nível baixo de mortalidade, da Holanda, da Finlândia e da Áustria, países que se opuserem na recente cimeira de chefes de governo da UE a adotar uma estratégia financeira comum para combater a crise sanitária e as suas consequências sociais e políticas!?
Onde estavam os seus líderes políticos, que davam lições ao mundo sobre Direitos Humanos, democracia e progresso e os líderes da União Europeia que tudo sabiam, tudo dominavam e tudo resolviam, com as suas infalíveis receitas e inquestionável autoridade?
No momento crítico em que a pandemia devastava a Itália, a Espanha e a França (29.03), sem nenhuma iniciativa concreta da liderança da União Europeia e dos seus comissários, para ajudar os países mais atingidos a conter a sua propagação, Josep Borrell, alto representante da União para a Política Externa achou oportuno alertar contra… a “política de generosidade” da China, que identificou como uma “luta por influência” e uma “batalha global pelo domínio da narrativa”!?
O objetivo dos detratores desta ajuda, que é protagonizada pelo governo, mas também pela iniciativa de empresas privadas da República Popular da China _RPCh, visa, obviamente, desviar as atenções da falta de solidariedade dos regimes, governos e instituições que mais se reclamam da defesa dos Direitos Humanos, da liberdade e dos Direitos Democráticos e que falharam neste grave e trágico confronto com o COVID-19.
A declaração do FMI e do Banco Mundial sobre o perdão da dívida dos países pobres não pode cair em saco roto e a Carta dos 9 primeiros-ministros ao Conselho da Europa, também não.
“A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. A tática sem estratégia é o estertor antes da derrota.” (Sun Tsu, A Arte da Guerra)
A carta dos 9, já meio esquecida, preconizava uma estratégia comum no combate à pandemia e pela saúde na Europa e a criação de um fundo comum de financiamento, contra a lógica dos mercados especuladores que a Troika e os seus partidários canonizaram, para desgraça das políticas socias da Europa e dos seus Serviços Nacionais de Saúde.
Foi assinada por LSophie Wilmès, primeira ministra de Bélgica; Emmanuel Macron, presidente da República Francesa; Kyriakos Mitsotakis, primeiro ministro de Grecia; Leo Varadkar, primeiro ministro de Irlanda; Giuseppe Conte, primeiro ministro de Italia; Xavier Bettel, primeiro ministro de Luxemburgo; António Costa, primeiro ministro de Portugal; Janez Janša, primeiro ministro de Eslovenia, y Pedro Sánchez, presidente do Governo de España.
Mas na reunião do Conselho como no Eurogrupo a divisão tornou-se clara. Países como a Holanda (que pratica o dumping fiscal e recebe os impostos das 20 maiores empresas portuguesas, que para lá transferiram as suas sedes fiscais), a Áustria e a Finlândia opõem-se a qualquer tipo de mecanismo comum para evitar uma crise económica e social. A Alemanha está mais próxima deste grupo de países, mas dividida: economistas tão diferentes como Michael Hüther, o responsável do instituto de pesquisa patronal, o líder do IFO, o liberal Clemens Fuest, e o dirigente do Instituto de Política Marcroeconómica, Sebastian Dullien, entre outros, exigiram “que os países da zona euro emitissem obrigações conjuntas no valor de mil biliões de euros (cerca de 8% do produto interno bruto da zona euro), limitadas a esta crise”.
Em Portugal, expressando a necessidade política de uma frente única, partidos e Presidência da República, as associações empresariais e sindicais, o Banco de Portugal, unem-se em torno deste caminho. A Frente Única é um acordo político, em torno de um programa político mínimo, para atingir um objetivo estratégico comum
Mas, em Portugal, os juros da dívida soberana, impostos pela Troika e outros obscuros financiadores que permanecem na sombra, com o argumento de que acabara o tempo do dinheiro barato, em Portugal ainda representam 7.000.000 milhões de euros/ano, tal como os juros pagos pelos bancos nacionais aos grandes bancos e fundos financeiros internacionais, das empresas aos bancos e das famílias aos bancos, têm de ser renegociados, sem o que nem os países, nem as empresas e os bancos nacionais, nem as famílias, poderão recuperar a economia. Para este combate as nações pobres e dependentes e todos os povos, têm de estar Unidos como os Dedos da Mão.
O mecanismo de “cooperação reforçada” permite a mais de nove países iniciar uma política comum, mesmo que outros Estados se lhe oponham. Rapidamente, passaram a treze. Algumas políticas comuns importantes – como o acordo de Schengen – começaram assim. É isso que defende, por exemplo Carsten Brzeski, do ING alemão.
Em finais de abril, a União Europeia aprovou a criação de Fundo de Recuperação Económica, que será financiado com emissão de dívida por parte da Comissão Europeia, com valores e regras ainda a aprovar pelos 27 países membros, associando subvenções e empréstimos aos estados-membros. Em oposição a esta medida, mantiveram-se a Holanda, a Áustria e a Finlândia, a que se juntaram os governos “socialistas” (?), da Dinamarca e Suécia.
O Conselho Europeu aprovou ainda três instrumentos, decididos pelo Eurogrupo, tendo em vista criar três linhas de crédito para financiar empresas através do Banco Europeu de Investimento (BEI), para apoiar os Estados no conjunto de medidas adotadas em apoio da manutenção de postos de trabalho e a proteção de rendimentos, designadamente o “lay-off”, e uma terceira linha que assegura a todos os Estados os recursos financeiros para a prevenção e combate do Covid-19.
Mas a proposta para criara um mecanismo comum de proteção da saúde das nações europeias, parece ter caído no esquecimento.
Existe pois uma estratégia que pode vencer o bloqueio, a da cooperação reforçada: mas e se a Alemanha ou um novo bloco de privilegiados continuar a opor-se?
Do fundo dos séculos, responde-nos Sun Tzu: “Há estradas que não devem ser seguidas, exércitos que não devem ser atacados, cidades que não devem ser sitiadas, posições que não devem ser contestadas e comandos do soberano que não devem ser obedecidos.”(Sublinhado meu)
Uma frente comum de solidariedade mundial e o papel da RPChina
A China, no período mais crítico da pandemia, enviou especialistas e material médico de primeira linha para 89 países (este número já ultrapassa os 200)_ da Itália, à Coreia do Sul e ao Irão, 28 país asiáticos, 16 países europeus, 26 países africanos, 9 países do continente americano, e 10 países do Pacífico Sul. através da China International Development Cooperation Agency (CIDCA).
Aos ataques continuados do governo americano, respondeu com o envio de mais de mil ventiladores para o governador do Estado de Nova York, e outro material médico, no momento em que se esgotavam as reservas daquele equipamento, através da CIDCA e do apoios do grupo Alibaba e outras companhias americanas e chinesas que promovem o comércio entre os dois países. Desdobrou essa ajuda por vários estados, enquanto insistia, nas declarações oficiais, que a cooperação dos EUA com a China era indispensável para enfrentar a pandemia: “US should not let its differences with China hijack people’s health!” E, finalmente, o governo dos EUA, chamou para o seu lado os CDC americanos, parceiros das autoridades chinesas, desde há dezenas de anos e agora, nesta crise, desde os primeiros dias!
O New York Times noticiava que “A commercial aircraft carrying 80 tons of gloves, masks, gowns and other medical supplies from Shanghai touched down in New York on Sunday, the first of 22 scheduled flights that White House officials say will funnel much-needed goods to the United States by early April as it battles the world’s largest coronavirus outbreak.” (NYT 29.03.2020)
Os anjos salvadores, vestidos de branco, voaram da Ásia e do Caribe, para todo o mundo
Em paralelo com a China, Cuba enviou as suas equipas médicas para 26 países, de quatro continentes, sem distinção de regime político ou objetivo de lucro. Os médicos cubanos, voluntários nestas e nas mais de duas dezenas de missões contra a pandemia do COVID-representam, com os enfermeiros e outros especialistas, mais de 1.200 profissionais de saúde em missões de solidariedade.
A embaixada dos EUA em Havana acusou o governo cubano de “reter a maior parte do salário de médicos e enfermeiros em missões de ajuda internacional, expondo-os a terríveis condições de trabalho”.
Cuba possui, hoje, mais de duas dezenas de brigadas “Henry Reeve” no mundo, entre elas uma na China e Qatar (Ásia), duas na Itália e também no Principado de Andorra (Europa) e, também, uma na Jamaica, Barbados, Venezuela, Nicarágua, Antiqua e Barbuda, Belize, Granada, Dominicana, Haiti, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, San Cristóbal y Nieves, Suriname e México (América) e Angola, Cabo Verde e Togo (África).
Face à pandemia do COVID 19, das mais de duas dezenas de missões enviadas por Cuba, 22 foram-no sem contrapartidas financeiras.
Enquanto estas missões estão a ser fornecidas gratuitamente, outros países pagam a Havana Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, mais de 600.000 médicos, enfermeiros e técnicos médicos foram enviados para mais de 160 países desde a década de 1960. Atualmente, o programa está ativo em cerca de 60 países.
Isso gera cerca de US $ 6,3 mil milhões (Euros $ 4,8 mil milhões) por ano, ajudando a mitigar o impacto do bloqueio econômico de seis décadas dos EUA.
Construído pela China na Internet e de livre acesso, o Banco de Dados de Recursos do Novo Coronavírus 2019 registou já mais de 4 milhões de downloads em 152 países e regiões. Ele contém toda a informação científica resultante da investigação, da sistematização e problemática dos cuidados médicos, das estratégias de controle da pandemia, adquiridos desde a descodificação do genoma, nos princípios de janeiro. Empresas privadas e públicas do mundo inteiro, autoridades e centros de investigação, puderam assim, desde o início da pandemia, avançar para a descoberta e experimentação da vacina, dos medicamentos e a produção dos equipamentos e materiais adequados ao combate do COVID-19. Sem qualquer contrapartida, económica ou política.
Wang Yi, ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, afirmou que a tradição de apoio mútuo entre Portugal-China é fulcral para um momento como este e afirma que “não podemos esquecer o apoio que Portugal deu à China quando lutávamos contra esta epidemia. Num momento como este, estamos com profunda solidariedade pelas vítimas e infectados pelo novo coronavírus em Portugal e tudo faremos para que o país possa ultrapassar este obstáculo”.
A ajuda chinesa chegou no momento crítico, a Portugal
A EDP e a China Three Gorges (CTG) entregaram na embaixada portuguesa em Pequim 50 ventiladores, 200 monitores médicos e outros equipamentos. A CTG foi a primeira empresa a oferecer ajuda às autoridades portugues
O grupo Fosun, o maior investidor chinês em Portugal, enviou diretamente da China equipamentos para o combate da pandemia em Portugal, onde se incluem 1 milhão de máscaras para uso pelos profissionais de saúde, entregues ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), que os adquiriu, bem como 200 mil testes desenvolvidos pelo departamento médico da Fosun, a Fosun Pharma. A esta ajuda, o grupo acrescentou cerca 70 mil máscaras, 7 mil fatos de proteção e 20 mil testes oferecidos ao nosso país, com o apoio da Luz Saúde, do Millennium bcp e da Fidelidade
A Fundação Alibaba e a Fundação Jack Ma, ambas criadas pelo multimilionário chinês, doaram máscaras, testes e roupas de proteção a Portugal.
Uma investidora chinesa fez uma doação de 78 ventiladores, entregues na embaixada de Portugal em Pequim, para os hospitais da área metropolitana de Lisboa.
O material médico oferecido pelo Governo Chinês a Portugal, incluiu 144 ventiladores, um milhão de máscaras, 22 mil fatos de proteção individual, 100 mil pares de luvas e óculos de proteção e ainda 10 mil toucas cirúrgicas, correspondendo a 4.5 milhões de euros em material médico.
A empresária Ming Hsu, detentora da imobiliária chinesa Reformosa, ofereceu 4,6 milhões de euros em equipamento médico a Portugal para o combate à pandemia do Covid-19. Para além dos 80 ventiladores vindos da Austrália, fazem parte do donativo cerca de 22 mil fatos de proteção, 100 mil pares de luvas, 100 mil óculos de proteção e 10 mil toucas cirúrgicas. Para além desta ajuda, a empresária organizou um consórcio de empresas luso-chinesas, para angariar donativos, angariando mais de 200 mil euros.
O Governo adquiriu à China 500 ventiladores e 200.000 testes, por 9,5 milhões de euros. É significativo, que o valor das ofertas ultrapasse claramente o das compras e que a China tenha tomado medidas severas para evitar práticas empresariais especulativas!
O apoio direto, entre parceiros chineses e portugueso, em todo o tipo de atividades, multiplicou-se ao longo do país:
No Porto, a Fosun, em parceria com o Haitong Bank e o Haitong Securities, fez uma doação ao município de 53 mil máscaras cirúrgicas, 5 mil testes e ainda de 200 óculos de proteção e 200 fatos de proteção.
A autarquia de Lanxi e a Associação de Solidariedade de Lanxi, entregou 150 mil máscaras, destinadas a cinco autarquias, Alenquer, Maia, Condeixa, Vila do Conde e Vila da Feira.
O município de Vila do Conde recebeu uma doação, de 5000 máscaras, da Associação de Mulheres Chinesas e outra de 1.000. Esta entidade, apoiou igualmente a autarquia de Braga, com material em distribuição pelas IPSS…etc…
A comunidade chinesa em Portugal, recolheu outros fundos para apoiar Wuhan e o nosso país, que escolheram como segunda pátria e os seus membros entraram em quarentena voluntária para defender os seus concidadãos portugueses. Nem uma só cadeia infeciosa teve origem na China!
“Sem a China, o mundo já estaria em recessão!” (FMI)
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a economia chinesa representa 17,3% do PIB mundial (medido com base na paridade de poder de compra _PPP, o indicador que permite medir a distribuição social da riqueza). Em termos deste indicador, a China ultrapassou os EUA, que liderava a lista mundial desde 1872.
Um aumento de 6,7% do PIB real da China traduz-se assim em cerca de 1,2 pontos percentuais de crescimento mundial. Sem a China, essa contribuição teria de ser subtraída da estimativa de 3,1% do FMI para o crescimento do PIB mundial já em 2016, arrastando-o para 1,9%-muito abaixo do limiar de 2,5% normalmente associado às recessões globais.
Ao contrário da ideia generalizada de que a China prospera graças à conquista dos mercados mundiais para as suas exportações, o PIB da China apenas dependia, no ano 2018, em 18,26% da exportação, ao contrário, o PIB dos principais países da União Europeia depende em grande medida das exportações e o da Alemanha, o seu motor económico, em amis de 42%, sendo a China o seu principal mercado comprador. Embora a China seja a maior exportadora mundial, a sua estratégia económica assenta no desenvolvimento do imenso mercado interno, pelo que, se medirmos a evolução das exportações em 10 anos, verificamos que elas representavam 31,12% em 2008 e foram caindo sempre, todos os anos, até os referidos 18,26% em 2018.
Esta tendência é muitas vezes escamoteada, porque não casa com a propaganda anti China que a apresenta como açambarcadora de mercados, visando a hegemonia mundial.
A China estabeleceu como objetivo da sua economia política, erradicar a pobreza em 2010 e consegui-o, retirando dessa condição 800 milhões de chineses e colocou como uma nova meta fazer crescer a sua classe média até mil milhões de cidadãos até 2050, e já ultrapassou metade desse objetivo. Pela escolha deste caminho, cresce o seu mercado interno!
Tão pouco a diminuição recente da taxa de crescimento do PIB se deve a uma menor pujança da sua economia, antes sim a uma mudança de paradigma de desenvolvimento sustentável, no que concerne à “economia socialista de mercado”, teorizada pelo próprio presidente XI Jinping:
A economia chinesa entrou num novo paradigma_ substituiu a alta velocidade do crescimento por uma velocidade médio-alta… deslocando o eixo do investimento em factores de produção para a alavanca da inovação
Na via do socialismo ecológico e da eco civilização (sic)!
Tal significa, para as economia ocidentais, que apostar contra a China, no quadro recessivo que se avizinha e se anunciava já na União Europeia- UE e na Alemanha, antes do gatilho do Corona vírus, é conduzir a economia mundial para uma crise económica e social sem precedentes históricos.
Tal como num passado recente, a crise financeira de 2008-2009, que teve o seu epicentro nos EUA e depois tombou sobre a Europa, a recuperação económica da China pós Covid-19, ajudará a UE e o mundo a construir um novo futuro comum.
É por esse caminho, de fortalecimento da cooperação global, diversificação das nossas exportações ( o turismo ambiental gera rendimentos que equivalem à exportação) e com o desenvolvimento do nosso mercado interno, cujos principais instrumentos são o emprego e a diminuição da pobreza, que a CCDPCh pretende continuar o seu caminho de sempre.
O Secretário Geral da CCDPCh António dos Santos Queirós
Anexos:
Toda a informação científica sobre o COVID 19 e as últimas descobertas da medicina. E o Livro branco
(links)
https://covid-19.chinadaily.com.cn/